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Bolsonaro na capa da The Economist: lição de democracia

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Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, é destaque da edição desta semana da revista britânica The Economist, que chega às bancas nesta quinta-feira (28).

Na capa, ele aparece com um chapéu semelhante ao do “Viking do Capitólio”, personagem associado à invasão do Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, durante o governo de Donald Trump.

O “Viking do Capitólio”, nome pelo qual ficou conhecido o ativista de extrema direita Jake Chansley, tornou-se um símbolo do ataque ao Poder Legislativo norte-americano.

A reportagem destaca que o julgamento de Bolsonaro e seus aliados ocorrerá na próxima terça-feira (2), por suspeita de tentativa de golpe de Estado após as eleições brasileiras de 2022.

A revista ressalta que o Brasil deu um exemplo de maturidade democrática ao investigar criminalmente o ataque aos poderes do país em 8 de janeiro de 2023, diferente do que aconteceu nos Estados Unidos.

Donald Trump incentivou a invasão ao Congresso e foi acusado de quatro crimes, mas poderá disputar a Presidência em 2024. Após ser eleito, perdoou 1.500 invasores, incluindo o “Viking”.

“Os dois países parecem trocar de papéis. Os Estados Unidos estão se tornando mais corruptos, protecionistas e autoritários. Em contrapartida, mesmo com pressões do governo Trump, o Brasil está empenhado em proteger e fortalecer sua democracia”, afirmou a The Economist.

Apesar da pressão, o processo contra Bolsonaro avançou, mesmo com sanções americanas e ações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O julgamento do “núcleo crucial” da tentativa de golpe será realizado pela Primeira Turma do STF entre 2 e 12 de setembro. O grupo inclui Bolsonaro, seus aliados próximos e militares de alta patente, que teriam tomado as principais decisões da trama.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve o episódio como a última tentativa de golpe, com participação direta dos réus denunciados, e destaca a gravidade dos eventos de 8 de janeiro, atribuídos à organização do grupo.

Jake Chansley, o “Viking do Capitólio”, vestia trajes característicos durante a invasão que tentou impedir a validação da eleição presidencial de 2020 nos EUA, quando Trump perdeu para Joe Biden e alegou fraude.

O “Viking” admitiu os crimes e foi condenado a 41 meses de prisão em 2021.

Embora acusado de incentivar a invasão, Trump poderá concorrer novamente em 2024 e perdoou invasores do Capitólio após retomar a Presidência.

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