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Casa Branca avisa sobre demissões próximas por paralisação do orçamento

A Casa Branca alertou que demissões são próximas devido ao impasse entre partidos, que causou uma paralisação no orçamento nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o governo de Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (2) cortes bilionários em fundos para estados governados por democratas.
Desde 1º de outubro, alguns serviços federais foram parcialmente suspensos por causa da falta de acordo entre democratas e republicanos sobre a extensão do orçamento.
Este ‘shutdown’ fez com que muitos funcionários federais fossem avisados a ficarem em casa sem salário, enquanto outros continuam trabalhando, mas sem receber pagamento até que o orçamento seja aprovado.
A Casa Branca destacou na quarta-feira o risco de demissões em diversos setores, buscando pressionar os senadores democratas a aceitar um acordo.
Além disso, o governo Trump informou cortes bilionários em fundos para estados democratas como Nova York e Califórnia.
De acordo com a imprensa americana, esses cortes anunciados pelos Departamentos de Energia e Transporte fazem parte da estratégia do presidente republicano para pressionar os democratas no Congresso.
O Senado, que precisa de 60 votos em 100 para aprovar um projeto de gastos públicos dos republicanos, não conseguiu passar o orçamento esta semana, o que desencadeou a paralisação do governo.
O Partido Republicano, liderado por Trump, tem 53 cadeiras no Senado e necessita de mais sete votos para aprovação.
O Departamento de Energia cancelou 321 subsídios financeiros para 223 projetos, economizando cerca de 7,56 bilhões de dólares, segundo o Escritório de Orçamento da Casa Branca. O diretor Russell Vought disse que esses projetos visavam promover a agenda climática da esquerda.
Estados afetados incluem Califórnia, Nova York e distritos democratas onde Trump perdeu nas eleições de 2024.
Repercussão local
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que o corte de 1,2 bilhão de dólares para um projeto de energia de hidrogênio põe em risco milhares de empregos.
Newsom declarou que a política energética nos Estados Unidos sob Trump está baseada na conveniência, ignorando a economia e o bom senso, e prometeu continuar com uma estratégia de energia limpa.
Em Nova York, previstos estavam 18 bilhões de dólares para expansão de linhas de metrô e construção de um túnel ferroviário sob o rio Hudson, projetos que visam reduzir o trânsito e melhorar viagens na região metropolitana.
O Departamento de Transporte dos EUA relacionou a suspensão dos fundos a uma paralisação organizada pelos líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Hakeem Jeffries.
O departamento também criticou os projetos por exigirem critérios de contratação baseados em raça e sexo, chamando-os de inconstitucionais e um desperdício de recursos públicos.
Os recursos ficarão bloqueados até uma rápida revisão administrativa ser concluída.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, chamou a suspensão dos fundos essenciais de vingança política e ataque ao estado.
Este é o primeiro fechamento do governo federal desde 2019, que teve duração recorde de 35 dias durante o primeiro mandato de Trump.
Controladores de tráfego aéreo e companhias de aviação dos EUA alertaram para riscos de segurança e atrasos causados pela paralisação, pedindo ação ao Congresso.

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