Contrato do túnel Santos-Guarujá é adiado a pedido da empresa responsável

Uma das obras mais importantes para a região da Baixada Santista, o Túnel Santos-Guarujá, teve o prazo para assinatura do contrato postergado a pedido da empresa vencedora do leilão. A Mota-Engil, empresa portuguesa incumbida do projeto, solicitou mais tempo ao governo de São Paulo para finalizar as etapas internas necessárias antes de assumir oficialmente a concessão. O pedido foi aprovado e publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (3/12).

De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), o processo segue o procedimento padrão para projetos dessa magnitude, sem risco para o andamento da obra. A prorrogação cumpriu os limites legais e assegura a segurança jurídica do empreendimento. Agora, a expectativa é que o contrato seja firmado até o final de janeiro de 2026.

O Túnel Santos-Guarujá é considerado uma das iniciativas mais estratégicas do governo paulista. Com investimento estimado em R$6,8 bilhões, será a primeira ligação direta entre as duas cidades, diminuindo o tempo de deslocamento, aliviando o sistema de balsas e aumentando a eficiência logística do Porto de Santos.

Túnel Imerso Santos-Guarujá

Projeto esperado há quase um século, o Túnel Imerso Santos-Guarujá será o primeiro desse tipo em toda a América Latina. Com profundidade de 21 metros e extensão de 860 metros, contará com seis faixas, três em cada direção. A previsão é que a travessia de carro leve pouco mais de um minuto e meio.

Atualmente, o trajeto depende de balsas ou da Rodovia Piaçaguera-Guarujá, que pode levar mais de uma hora para ser percorrido.

Mota-Engil conquistou o leilão em setembro deste ano e será responsável pela construção e operação do túnel por 30 anos. A concessionária pediu mais prazo para finalizar exigências administrativas, como a formação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), empresa criada exclusivamente para gerir o projeto e assegurar sua viabilidade financeira.