O governo dos Estados Unidos decidiu revogar uma regra em vigor havia três anos e permitir pesquisas que manipulam vírus mortais, como influenza(causador da gripe), Sars (síndrome respiratória aguda grave) e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio). A decisão foi anunciada na terça-feira pelo diretor do Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), Francis Collins, sob alegação de que as pesquisas podem ajudar na prevenção de futuros surtos.
No entanto, os estudos com esses agentes só poderão ser conduzidos mediante aprovação prévia por um painel científico que determine que os benefícios superam os riscos. “Nós temos a responsabilidade de assegurar que pesquisas com agentes infecciosos sejam conduzidas com responsabilidade e que nós consideremos os potenciais riscos de biossegurança associados a tais pesquisas”, disse Collins em pronunciamento oficial.
Proibição e críticas
A proibição a esse tipo de experimento havia sido imposta após violações de segurança em instituições federais. Na época, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), acidentalmente expôs dezenas de trabalhadores ao antraz (doença causada por uma bactéria). No mesmo ano, frascos do vírus da varíola foram encontrados jogados sem proteção em uma unidade do NIH em Maryland.
Por outro lado, críticos da medida temem o risco de uma pandemia acidental e a preocupação de que tais pesquisas possam ser usadas para a criação de vírus mutantes.
Financiamento
A decisão passa a permitir também pedidos de financiamento para pesquisas com esse patógenos. Para conduzir tais experimentos, será necessário demonstrar que o estudo é “eticamente justificável” e capacidade e compromisso de conduzi-los com segurança e de responder de forma rápida a qualquer acidente.
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