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Funcionários do metrô decidem manter greve

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A greve dos metroviários, que revoltou passageiros e tumultuou o trânsito na cidade nos últimos dias, vai ser retomada a partir da 00h desta segunda-feira (14/4). A categoria decidiu continuar a paralisação, suspensa desde a última quarta-feira (9/4), em assembleia na noite deste domingo (13/4) na Praça do Relógio em Taguatinga. A greve, de acordo com os sindicalistas transcorrerá por tempo indeterminado. Apenas 30% dos trens – o que equivale a sete composições – circularão e 10 estações ficarão fechadas.

A greve dos metroviários começou há 11 dias, em 2 de abril. Houve aumento da procura por ônibus; a movimentação na Rodoviária do Plano aumentou consideravelmente. O Transporte Urbano do Distrito Federal (DF Trans) teve que remanejar coletivos para as regiões atendidas pelo Metrô-DF.

Nas estações, os últimos dias têm sido de caos. Desde que a greve começou, cerca de 160 mil usuários do serviço foram prejudicados. A população tem se aglomerado em filas e enfrentado a superlotação de apenas sete trens. No dia 9, por exemplo, uma fila de cerca de 200 pessoas se formou com destino ao Plano Piloto, na estação de Taguatinga.

Nesse mesmo dia, um atraso na circulação de trens do metrô em Ceilândia Centro terminou em confusão na Avenida Hélio Prates. A manifestação começou após um trem quebrar na estação, por volta de 7h40. Alguns passageiros esperavam no local desde as 6h. Os passageiros se revoltaram e começaram a quebrar o vagão e, com ajuda de extintores, destruíram os vidros e jogaram pó químico na cabine do piloto. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Ao menos cinco pessoas foram detidas.

No dia 10, um dos trens apresentou falha elétrica quando deixava a estação Águas Claras, sentido Rodoviária do Plano Piloto. Alguns passageiros tiveram que quebrar as janelas e caminhar nos trilhos.

Ainda no dia 9, o sindicato que representa a categoria, SindMetrô-DF, decidiu suspender a paralisação por pelo menos 48 horas durante uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) entre grevistas e a companhia.

A categoria reivindica, principalmente, a correção das distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis horas, reajuste salarial de 10% para todos os empregados, além de mais segurança. Outra demanda dos trabalhadores é a implantação do plano de previdência, que, segundo o Sindimetrô-DF, foi discutido no último acordo coletivo, mas não saiu do papel.

Fonte: G1

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