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Governo Federal anuncia reajuste nas bolsas de pesquisa da Capes e CNPq

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Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)

O governo federal oficializou o reajuste nas bolsas de pesquisa, que varia de 25% a 200% entre bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e Bolsa.

A cerimônia contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do ministro da Educação, Camilo Santana.

“As pessoas têm que saber que investimento em educação é o melhor e mais barato investimento que o Estado pode fazer”, disse o presidente.

Os novos valores valem tanto para as bolsas pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC), quanto aquelas pagas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

“Os desafios colocados serão solucionados com pesquisa científica de alta qualidade, desenvolvida em laboratórios bem equipados e com infraestrutura robusta, mas, sobretudo, por pessoas. E essas pessoas devem ser reconhecidas, respeitadas e valorizadas. E é isso que estamos fazendo hoje. Nós estamos cuidando dos nossos pesquisadores e das nossas pesquisadoras”, disse a ministra.

O governo também vai recompor a quantidade de bolsas oferecidas. No caso do mestrado, em 2015 havia 58,6 mil bolsas, número que caiu para 48,7 mil em 2022, redução de cerca 17%. Agora, a estimativa é de que sejam ofertadas 53,6 mil bolsas nessa modalidade.

Os alunos de iniciação científica no ensino médio também vão se beneficiar. Serão 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência que vão passar de R$ 100 para R$ 300. Na graduação no ensino superior, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%. Vão passar de R$ 400 para R$ 700.

O presidente da Associação das Instituições de Pesquisa Tecnologia e Inovações – ABIPTI, Paulo Foina, comentou sobre a importância do anúncio: “A correção dos valores das bolsas tanto de iniciação científica quanto de mestrando e doutorando do CNPQ é um passo importante para regularizar uma situação que já durava dez anos. Durante mais de dez anos as bolsas não foram reajustadas, criando um descompasso entre a remuneração do aluno ou do futuro pesquisador em relação ao mercado. O desenvolvimento de um trabalho de mestrado e doutorado exige dedicação exclusiva em tempo integral e o aluno não consegue fazer um outro trabalho, ter outra remuneração.” disse o presidente.

Ele também pontuou que a queda do valor das bolsas vinha provocando uma invasão dos programas de mestrado e doutorado. O aluno não conseguia se manter com aquele valor de bolsa pequena e tinha que buscar empregos em outro em outras empresas. Com isso sacrificava a sua que titulação. Com isso nós fomos perdendo talentos, ou potenciais talentos que nem sequer começavam a fazer ou largavam na metade o os cursos de pós-graduação. Além disso, vários alunos nossos, bons alunos, conseguiram fazer programas de pós fora do Brasil, com bolsas estrangeiras. E não voltam mais. Foram treinados fora, desenvolveram habilidades no exterior pra temas de interesse do exterior, não voltam mais pro Brasil. Então essa correção dos valores de bolsa foi importante para primeiro remunerar adequadamente os bolsistas e fazer com que eles possam se dedicar com mais afinco aos seus projetos de pesquisa. Segundo ponto é que com essa recomposição das bolsas a gente consegue atrair mais alunos ou mais interessados em fazer pesquisa científica e tecnológica e aí aumentar a nossa quantidade de pesquisadores atuando no Brasil.

 

Com informações do MCTI.

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