Greve de motoristas para ônibus em São Paulo

Sem um acordo sobre o pagamento do 13º salário, motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo decidiram interromper os serviços na tarde desta terça-feira (9/12).

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) optou pela greve depois de receber do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) uma notificação informando a impossibilidade de realizar o pagamento do benefício na data prevista — 12 de dezembro.

O SPUrbanuss afirmou que as empresas operadoras estão fazendo o máximo para cumprir suas responsabilidades com os funcionários, incluindo o pagamento do 13º. Contudo, foi solicitado um prazo maior para quitar esse valor, conforme permitido pela legislação.

A paralisação teve início após as empresas declararem que não têm condições financeiras para pagar o 13º salário. O sindicato anunciou que a greve pode continuar nesta quarta-feira (10/12), caso as empresas não garantam o pagamento do 13º e do vale-alimentação.

O SindMotoristas enfatiza que os motoristas só retomarão o trabalho quando houver uma posição clara sobre o cumprimento das obrigações trabalhistas.

Posicionamento da Prefeitura de São Paulo

Em comunicado, a Prefeitura de São Paulo assegurou que os repasses para as empresas de ônibus estão em dia e que o pagamento do 13º salário é uma responsabilidade exclusiva das concessionárias.

Além disso, a pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana/Transportes e a SPTrans registraram nesta terça-feira um Boletim de Ocorrência contra as empresas que realizaram a paralisação sem aviso prévio.