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Homicídios no DF crescem 23% em setembro; no ano, queda é de 1,3%

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Dados foram apresentados em balanço da Secretaria de Segurança Pública. Número de latrocínios dobrou entre julho e setembro, apontam estatísticas.

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Secretária de Segurança, Márcia de Alencar, apresenta balanço de estatísticas do DF (Foto: Mariana Costa/SSP)

O número de homicídios aumentou 22,7% entre os meses de setembro de 2015 e 2016. No ano passado, foram 44 ocorrências, contra 54 no último mês. Desde o começo do ano, foram registrados 437 homicídios – contra 443 no mesmo período do ano passado (queda de 1,3%). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (11) em um balanço da Secretaria de Segurança.

Segundo a SSP, o DF tem excelência na produção de conhecimento e diagnósticos de homicídios e que atingem taxas de 60% de solução. De todas as unidades da federação, apenas DF, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul tiveram registro de queda no número de homicídios entre 2015 e 2016.

Roubo seguido de morte
Considerando o último semestre, o número de latrocínios dobrou no período de julho a setembro de 2016, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Em 2015, foram 7 ocorrências, contra 14 neste ano.

“Este crime tem uma evidência pelo perfil do autor. Existe uma maior parte de vítimas e autores dos crimes na faixa de 16 a 24 anos e o criminoso não quer cometer este crime quando o inicia, pois ocorre mais como uma frustração por não conseguir subtrair um item material”, afirmou a secretária Marcia de Alencar.

Segundo ela, o mês de setembro de 2015 teve notificações parciais por conta de um menor registro por parte da Polícia Civil, por conta de uma greve de 20 dias naquele mês. Por isso, ela afirma que não se pode comparar com setembro deste ano.

Crimes contra patrimônio
A secretária Márcia de Alencar afirmou que os crimes contra patrimônio também tiraram aumento, devido à crise econômica por que o país passa atualmente. Do total dos roubos, a maior parte corresponde a ações em coletivo (5,2%), comércio (5,5%), veículo (10,6%), furto a veículo (37,1%), roubo a pedestres (75,4%) e roubo a residência (1,7%).

Medo e crime são fenômenos dissociados, mas como são divulgadas as informações, as pessoas só se sentem seguras quando estão acompanhadas ou em casa. Para a população, parece que o Plano Piloto foi contaminado por crimes contra o patrimônio, mas isso não é verdade”
Márcia de Alencar, secretária de Segurança

A secretaria considera áreas críticas as regiões administrativas de São Sebastião, Estrutural, Santa Maria, Planaltina, Brasília, Taguatinga Samambaia e Ceilândia. Em todas elas, há maior ocorrência de roubos entre segunda e quarta-feira, com picos entre as 15h e a 0h.

“Medo e crime são fenômenos dissociados, mas como são divulgadas as informações, as pessoas só se sentem seguras quando estão acompanhadas ou em casa. Para a população, parece que o Plano Piloto foi contaminado por crimes contra o patrimônio, mas isso não é verdade”, afirmou a titular da pasta.

Durante a exposição dos dados, um mapa foi apresentado em que a maior parte dos crimes contra o patrimônio ocorrem na 902 Sul, enquanto a “sensação de insegurança” é maior na 912 Norte.

Para a secretária, o aumento populacional por que passou o Distrito Federal no último ano, também influenciou no crescimento das ocorrências.

No trânsito
No mesmo período, o Detran atendeu cerca de 144 mil pessoas com as ações educativas, blitze e palestras. Nas operações de fiscalização, 260 blitze flagraram 3,6 mil condutores por dirigirem alcoolizados. O número foi inferior com relação ao mesmo período de 2015.

Segundo o órgão, os eventos realizados na cidade, como a Olimpíada, exigiram um deslocamento do pessoal para o controle do tráfego e impediram ações de fiscalização.

Cerca de 50 mil veículos foram apreendidos por documentação irregular e 350 mil veículos ainda não foram licenciados, segundo o diretor-geral do Detran, Jayme Amorim. Com a falta de pagamento do licenciamento veicular, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 280 milhões, diz o órgão.

“Desde o dia 19 de setembro, deixamos os postos do Na Hora somente para o licenciamento de veículos. Muitos motoristas deixam pra última hora e isso, naturalmente, gera uma fila maior”, afirmou Amorim.

Corpo de Bombeiros
Entre julho e setembro de 2016, foram 4.863 ocorrências de incêndio florestal que queimaram 13 mil hectares no Distrito Federal. A corporação informou que foram mais de 642 mil atendimentos realizados pelos militares, entre ações de resgate e combate a incêndios.

Polícia Civil
Dos 90 dias avaliados, a corporação registrou uma paralisação durante 60 dias como campanha de reajuste salarial. Segundo o diretor-geral da Polícia Civil, Éric Seba, cerca de 65% dos policiais têm mais de 45 anos de idade e estão há mais de 20 anos na corporação. “Queremos superar essa crise [econômica] para que retomemos as rédeas da segurança pública. É um fenômeno que está sendo vivenciado em todo Brasil”, afirmou Seba.

Polícia Militar
Para o comandante geral da Polícia Militar, Marco Antonio Nunes, a produtividade da corporação aumentou com relação ao ano anterior. Até o dia 30 de setembro, foram 1,9 mil armas de fogo apreendidas e 26,9 mil pessoas detidas.

Do total de presos, mais de 12 mil foram autuados em flagrante. No período, a corporação  informou que recuperou 3,7 mil veículos furtados ou roubados.

 

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