Depois de oito anos de investigação, a Justiça fez quarta-feira (20) a primeira audiência do caso Alstom, informou o SPTV. A multinacional francesa é investigada por pagar propina para conseguir contratos com o governo paulista na área de energia elétrica.
Segundo o Ministério Público, Bruno recebeu depósitos que podem ser parte da propina paga pela Alstom. No depoimento, ele disse que os R$ 582 mil eram de uma herança e que não se lembrava de alguns fatos, por serem muito antigos.
Ao todo. 12 pessoas foram denunciadas pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção de servidores públicos do estado. Segundo os promotores, eles atuaram para aprovar um aditivo de R$ 181 milhões num contrato com a Eletropaulo, que, na época era uma empresa controlada pelo estado. A suspeita é que a Alstom tenha pago 15% do valor do contrato em propina entre 1998 e 2002 durante governos do PSDB.
A GE, que comprou a parte da Alstom responsável pela área de energia da empresa, disse que está apurando mais detalhes sobre esse processo. Em nota, o PSDB disse que apoia incondicionalmente as investigações, defende a apuração completa dos fatos, a identificação de corruptos e corruptores e a punição exemplar de todos eles.
Acordo de R$ 60 milhões
A Alstom assinou, no começo do ano, um acordo em que se compromete a pagar R$ 60 milhões ao estado. Apesar da assinatura do documento, a Alstom não reconhece ter feito suborno. Com o pagamento da indenização, a empresa francesa se livra do processo que corre na Justiça estadual, mas continua respondendo na Justiça federal, e não está livre de outras investigações, como a do cartel do Metrô e da CPTM.
Em nota, a General Eletric, que comprou a Alstom Energia, disse que entende que o acordo é benéfico para todos envolvidos.
O governo do estado disse que o acordo foi positivo e que vai investir o dinheiro da indenização em melhorias nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
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