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Economia

Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar está ocupada, diz IBGE

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(Eduardo Frazão/Exame)

Menos da metade das pessoas com idade para trabahar está ocupada no Brasil, informou o IBGE nesta terça-feira, 30. O contingente caiu para 49,5% no trimestre encerrado em maio, um recuo de cinco pontos percentuais em relação ao encerrado em fevereiro. “É o mais baixo nível da ocupação desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012”, diz o Instituto.

No trimestre terminado em maio, a taxa de desocupação subiu para 12,9% ante os 11,6% registrados no trimestre até fevereiro, levando o contingente de desempregados a 12,7 milhões, um aumento de mais 368 mil pessoas.

Esse movimento também jogou para fora da população ocupada 7,8 milhões de pessoas, uma queda de 8,3% no montante de ativos. Desses, 5,8 milhões eram informais, ou seja, trabalhadores sem carteira assinada ou registro de pessoa jurídica (CNPJ).

De abril a maio, o número de empregados no setor privado sem carteira assinada também caiu, com a saída de 2,4 milhões de pessoas do mercado, o que representa um recuo de 20,8% na força de trabalho do segmento.

Já os trabalhadores por conta própria diminuíram em 8,4%, ou seja, 2,1 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de informalidade caiu de 40,6% para 37,6%, a menor desde 2016, quando o indicador passou a ser produzido, diz o IBGE. A queda numérica no número de informais não é um bom sinal, destaca o instituto:

“Significa que essas pessoas estão perdendo ocupação e não estão se inserindo em outro emprego. Estão ficando fora da força de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, em material de divulgação.

Outro efeito dessa debandada de profissionais da força ativa do país que precisa ser analisado com cuidado é sob a renda dos trabalhadores, que no trimestre atingiu seumaior nível desde o começo da série. A saída de informais (trabalhadores que ganham os menores rendimentos) do mercado acabou jogando para cima o rendimento médio habitual, explica o IBGE. O indicador subiu 3,6% no período, chegando a R$ 2.460.

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