Mulher é assassinada a facadas pelo ex na Grande São Paulo

Uma mulher de 27 anos foi assassinada a facadas na madrugada do último sábado (6/12), dentro de sua casa no bairro Canhema, em Diadema, na Grande São Paulo.

Um vizinho ouviu os gritos por socorro de Milena de Silva Lima e acionou a Polícia Militar (PM). Ao chegarem no local, os policiais encontraram os corpos da vítima e do agressor, que, conforme relato dos policiais, havia se suicidado.

De acordo com o boletim de ocorrência, um vizinho ouviu Milena pedir ajuda e chamou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram à residência, na Rua Yayá, por volta das 22h15, encontraram Milena e o agressor, de 31 anos, já mortos.

Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a perda de Milena, descrevendo-a como uma pessoa cheia de amor e dedicação.

“Milena era corajosa, inteligente, criativa, responsável e sempre muito disponível. Sonhava em ser mãe desde menina e dizia que queria ser psicóloga. Tinha muitos sonhos e planos pela frente! Tudo isso foi tirado de forma cruel, sem defesa, sem chance e sem que ela pudesse pedir ajuda”, escreveu uma amiga.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as marcas nos corpos indicam que, após assassinar a mulher, o homem tirou a própria vida. O local foi periciado, a faca utilizada no crime recolhida, e o caso foi registrado como feminicídio e suicídio no 3º Distrito Policial da cidade.

Casos de feminicídio em São Paulo

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a cidade de São Paulo registrou 53 casos de feminicídio entre janeiro e outubro de 2025, o maior número desde o início da série histórica em 2015. Esse recorde foi alcançado sem considerar os dados de novembro e dezembro.

No estado, no mesmo período, foram 207 casos de feminicídio. Destes, 53 ocorreram na capital, 101 no interior e 40 na região metropolitana. Esse total representa um aumento de 8% em comparação ao ano anterior, que contabilizou 191 casos de feminicídio entre janeiro e outubro.

• 2025 (janeiro a outubro): 53 casos.
• 2024: 51 casos.
• 2023: 38 casos.
• 2022: 41 casos.
• 2021: 33 casos.
• 2020: 40 casos.
• 2019: 44 casos.
• 2018: 29 casos.
• 2017: 26 casos.
• 2016: 13 casos.
• 2015 (a partir de abril): 6 casos.