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Pagamento com débito e crédito nos ônibus do DF iniciará gradativamente

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O secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, Zeno Gonçalves, afirmou que o processo para encerramento do pagamento em dinheiro no transporte público será feito de maneira gradual a partir do segundo semestre

O fim do dinheiro em espécie nos ônibus do Distrito Federal ocorrerá até o fim do ano, mas o processo de encerramento será feito gradualmente. É o que garante a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob).

Ao Correio, o secretário da pasta, Zeno Gonçalves, explicou que todos os ônibus que circulam na capital federal já possuem validadores para cartões de débito e crédito, mas que estão desabilitados. O gestor da Semob afirmou que as mudanças começarão nas linhas que utilizam pouco pagamento em espécie, a partir de 1° de julho.

“Nós pretendemos retirar o dinheiro em espécie como forma de pagamento porque proporcionará mais segurança aos passageiros, motoristas e cobradores. Além disso, evitará filas com a questão do troco, que muitas vezes é empecilho”, disse, à reportagem. “O nosso desejo é que as pessoas aderirem ao cartão Mobilidade, mas também proporcionando a eles a possibilidade de utilizar cartão de débito e crédito”, explicou.

Gonçalves afirmou que haverá um decreto e uma portaria, com publicação até o fim de maio, com a regulamentação do sistema. Para as pessoas aderirem à novidade, a Semob fará uma campanha educativa, onde elencará como será o processo e os benefícios de a população aderir o cartão Mobilidade. O modelo de pagamento por cartão bancário ocorre em 134 ônibus da Viação Marechal.

“Está tudo desenhado, também, com o BRT. Por enquanto, quem paga com débito e crédito, não terá direito a integração. Por isso, a campanha massiva é para que todo usuário do transporte público tenha o cartão Mobilidade. Nós vamos ampliar os pontos para as pessoas terem acesso ao cartão”, garantiu Zeno.

O cartão Mobilidade é de uso pessoal e intransferível, sendo vedado qualquer tipo de doação, empréstimo, cessão, troca, transferência ou comercialização. “Pretendemos começar com as linhas com pouco pagamento em espécie e, posteriormente, ampliando para outros ônibus. Todas as empresas (de ônibus) estão empenhadas para fazer isso acontecer. A nossa projeção é que até o final do ano ou antes disso, conseguimos retirarmos o dinheiro a bordo dos 100% dos nossos veículos”, detalhou o secretário.

Pix

Apesar do desejo, a Semob não prevê a inclusão de pagamentos por Pix nesse primeiro momento na totalidade do sistema. Desde setembro de 2022, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) utilize esse tipo de pagamento.

O secretário explicou que os ônibus possuem uma peculiaridade. “Para que o pagamento Pix e QR Code funcione, precisa ter uma conectividade perfeita de internet. Caso não, isso pode travar a catraca. Nós estamos fazendo testes de conexão, principalmente nos ônibus da Marechal. É algo que entrará gradualmente também”, elencou.

De acordo com Zeno, a pasta compreende que há pessoas que não têm acesso a uma conta bancária. Mas, que dará um jeito de todos serem incluídos. “O usuário que utiliza dinheiro não tem direito a integração. Ele pode chegar a gastar R$ 16,50 indo para um local onde poderia somente gastar R$ 5,50. Nós pretendemos também fazer a integração com quem utiliza cartão bancário, mas é algo que vamos ajustando no caminho. Tudo será de forma gradativa e vamos identificar, nesse período, o que podemos adequar”, disse.

“Nós sabemos que haverá algum problema de ajuste no início, mas isso vai ser muito rápido. É importante que a gente melhore a forma de atender o usuário do transporte público. As pessoas querem se sentir confortáveis e ver que o sistema está melhorando. Isso tudo ajudará muito na segurança”, completou.

Legislativo

Há um projeto que tramita na Câmara Legislativa (CLDF), desde o ano passado, que permite usuários do transporte público paguem a passagem com Pix. O projeto é de autoria do deputado distrital Joaquim Roriz Neto (PL).

A regra se aplica tanto o sistema rodoviário como metroviário, além de qualquer outro que venha a ser instituído na capital. A proposta explica que a nova modalidade não excluirá as outras já existentes, como o pagamento em dinheiro — o que é pleiteado pelo Executivo local.

O projeto já chegou a ser aprovado na Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU), mas ainda não chegou a ser receber pareceres das Comissões de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir ao plenário da Casa.

O recorde anterior havia sido registrado em 6 de março deste ano e era de 178,7 milhões de transações diárias. “Os números são mais uma demonstração da forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo BC em novembro de 2020”, disse o Banco Central, à época.

Correio Braziliense

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