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Pandemia acelera, e Estados Unidos se aproximam de 4 milhões de casos

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Estados Unidos: país é o mais afetado do mundo pela doença (Kevin Lamarque/Reuters)

Os Estados Unidos devem superar nesta quinta-feira (23) a marca de 4 milhões de pessoas infectadas com o novo coronavírus. Ontem à noite, segundo os dados compilados pela universidade Johns Hopkins, o país – que lidera as estatísticas de vítimas da pandemia no mundo – tinha 3,955 milhões de casos e quase 143.000 óbitos causados pela covid-19.

Depois de um período entre maio e junho em que os Estados Unidos pareciam começar a achatar a curva de propagação da doença, a pandemia voltou a acelerar em julho. O primeiro caso de covid-19 no país foi confirmado em 21 de janeiro. Depois de 99 dias, o país chegou ao seu primeiro milhão de casos. O segundo milhão foi registrado depois de 43 dias. O terceiro milhão demorou mais 28 dias. E o quarto milhão está sendo atingido agora em apenas duas semanas.

O que mudou nas últimas semanas é que o epicentro da pandemia no país se deslocou do leste para o oeste e do norte para o sul. Na quarta-feira, a Califórnia, o estado mais populoso do país, ultrapassou Nova York em número de casos confirmados de covid-19. A Califórnia tinha ontem 415.000 casos, ante 409.000 em Nova York. Em número de mortes, porém, Nova York continua à frente, com 32.500 óbitos, ante 8.000 na Califórnia.

A Califórnia foi o primeiro estado americano a adotar o lockdown, no dia 19 de março. Com o vírus aparentemente sob controle, o estado começou a reabrir sua economia em 8 de maio. Com o aumento do número de casos, o governador Gavin Newson decretou há duas semanas um novo lockdown. Todos os bares, restaurantes, museus, zoológicos e outros estabelecimentos públicos em ambiente interno no estado ficarão fechados por prazo indeterminado.

O presidente Donald Trump tem afirmado que a explosão do número de casos é resultado do aumento dos testes para diagnosticar a presença da covid-19 na população. Os Estados Unidos já realizaram mais de 50 milhões de testes, número superior ao de qualquer outro país, segundo dados do site Worldometers. O Brasil realizou menos de 5 milhões de testes.

Com a eleição presidencial se aproximando e as pesquisas mostrando que a maioria dos americanos reprova a maneira como Trump vem lidando com a pandemia, o líder republicano ensaia uma mudança na postura. Há dez dias, Trump apareceu pela primeira vez em público usando máscara – até então, ele minimizava a importância da proteção facial. Na terça-feira, ao falar com jornalistas na Casa Branca, Trump pediu que os americanos usem máscara e respeitem o distanciamento social. Provavelmente, disse ele, a pandemia ainda “vai piorar antes de começar a melhorar”.

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