Programa Bio Learning fomenta projetos de pesquisadores doutores em biotecnologia

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) lançou o edital do programa de fomento estratégico da linha de pesquisa Bio Learning. O objetivo é acolher propostas de pesquisa científica, tecnológica e de inovação para o desenvolvimento do ecossistema de saúde e meio ambiente do DF. A Chamada Pública 01/2024 está vinculada ao Edital 06/2024, com recebimento de submissões de pesquisadores doutores até o dia 6/5.

Poderão participar do programa bolsistas de produtividade, CNPq níveis PQ 2, PQ 1 e DTI, com o intuito de desenvolver e fomentar o ecossistema de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e de inovação (PD&I) em grandes temas que afetam a sociedade local, gerando impacto global.

A chamada pública vai apoiar projetos que envolvam a pesquisa e ações alinhadas com o ecossistema de saúde em geral, projetos de pesquisa e ações na área de bioinsumos para o segmento de saúde; projetos socioambientais, nas áreas de: meio ambiente, sustentabilidade, mudanças climáticas e saneamento ambiental (preferencialmente, voltado para o Cerrado); energia de fontes renováveis (agroenergia, solar, eólica e hidrogênio; hidrogênio verde (H2V) e suas aplicações; e projetos de PD&I para inovação aberta no setor de saúde em geral e na área socioambiental.

“Nosso propósito é aliar biodiversidade com tecnologia e inovação, que é a base principal da bioeconomia. Ela estuda os sistemas biológicos e recursos naturais aliados à utilização de novas tecnologias, criando produtos e serviços mais sustentáveis. A bioeconomia está presente na produção de vacinas, enzimas industriais, novas variedades vegetais, biocombustíveis, cosméticos entre outros”, afirma o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior.

Segundo dados do Portal da Indústria do DF, o Brasil é detentor de cerca de 20% da biodiversidade do planeta, a maior do mundo, o que deve ser visto como um ativo econômico com muitas oportunidades de negócios.

Arthur Ramos, Paula Correa, Laila Espíndola e Fabiana Almada desenvolvem pesquisas com o mosquito Aedes aegypti no Insetário da UnB | Foto: André Gomes/ UnB

Na edição do ano passado, o programa apoiou o estudo do larvicida que controla o Aedes aegypti. O composto está sendo desenvolvido no Insetário da Universidade de Brasília (UnB), com apoio financeiro da FAPDF. Na pesquisa já desenvolvida pela UnB, centenas de ovos do mosquito Aedes aegypti são cultivados em ambiente propício ao crescimento – com mais umidade no ar e temperatura mais elevada. Dessa forma, os pesquisadores podem estudar o inseto e testar novos produtos idealizados e desenvolvidos na universidade, como repelentes e inseticidas.

“Há seis anos estávamos desenvolvendo estudos para chegar à formulação ideal para ser usada no controle do mosquito por meio do controle das larvas. Precisávamos achar um produto para o controle de mosquito que não fosse tóxico para os outros seres vivos. Graças ao Bio Learning, nós focamos o nosso estudo nesse produto. Para o Distrito Federal esta pesquisa é essencial para controlar a epidemia de dengue. O produto será de fácil manuseio, não só pelos agentes de vigilância sanitária que precisam usar o produto para colocar nos locais, mas inclusive pequenos sachês com os produtos para que as pessoas possam usar dentro de casa também, em caixa d’água, na piscina, no vasinho de planta”, explica a professora titular da Universidade de Brasília, Laila Salmen Espíndula.

O Bio Learning 2024, segue aberto para receber novas propostas de pesquisadores até 6/5/2024. Para saber mais, acesse o link.

*Com informações da FAPDF