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Rapaz é preso no DF por agredir namorada e arrastá-la pelo cabelo

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Ele tem 21 anos e foi liberado após pagamento de fiança de R$ 2 mil. Brigas eram recorrentes entre o casal; com ciúmes, ele a xingava, diz.

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um caso de agressão cometida por um jovem de 21 anos contra a então namorada, uma estudande de odontologia de 19 anos. O caso ganhou repercussão depois de a garota revelar a história em uma rede social. Ela diz que o então namorado chegou a puxá-la pelo cabelo e arrastá-la pelo chão durante a briga.

O caso ocorreu no último domingo (13), em Águas Claras. Os dois foram parar na delegacia, e o jovem só foi liberado depois de pagar fiança de R$ 2 mil. A estudante Poanka Faleiros postou uma foto em rede social em que aparece com machucados no rosto e pernas e conta a história da agressão; até o fim da manhã desta sexta, já eram mais de 75 mil curtidas e 9 mil compartilhamentos.

“Estávamos brigando e deixei minhas maquiagens caírem no chão e ele chutou. Quando a briga começou a esquentar, eu sentei em frente ao prédio e foi onde tudo aconteceu. Como eu não estava respondendo mais para a briga não continuar, ele me puxou pelo cabelo e me arrastou no chão, literalmente”, conta a moça, de 1,69 metro de altura e 63 kg.

Algumas pessoas presenciaram a briga e chamaram a polícia. Um casal de amigos que chegava à festa separou o casal e manteve o rapaz no local até a polícia chegar e levá-los para a 21ª Delegacia de Polícia, especializada em atendimento a mulheres vítimas de violência.

“Na delegacia, ele veio pedindo, olhando nos meus olhos, para a minha cara pingando sangue, que eu retirasse a queixa, perguntando se tudo aquilo era mesmo necessário”, contou Poanka. “Ele estava falando que estávamos puxando o cabelo um do outro e eu caí sozinha”, continua. A jovem pediu medidas protetivas de urgência à polícia.

Na delegacia, ele veio pedindo, olhando nos meus olhos, para a minha cara pingando sangue, que eu retirasse a queixa, perguntando se tudo aquilo era mesmo necessário
Poanka Faleiros, estudante

Preso em flagrante, o agora ex-namorado responde por lesão corporal e injúria, com agravante da Lei Maria da Penha.

Confusão
No domingo à noite, o casal foi para uma festa de aniversário de uma amiga dela. “Essa minha amiga, ele não gostava, porque ela sempre me alertava [sobre o comportamento dele]”. Segundo o relato de Poanka, em determinado momento ele foi ao banheiro e, quando voltou, a encontrou conversando com o ex-melhor amigo, do qual ela se afastou “por causa do meu namoro”.

O ciúme foi o estopim da briga, mas o casal tinha histórico de brigas e discussões desde o segundo mês de namoro. De acordo com Poanka, o rapaz a xingava de “puta, prostituta, vagabunda e derivados”, falando também que ela era mentirosa e não era “ser humano”, nem “digna de respeito”.

“Todas as pessoas que me conhecem sabem o quanto eu sou tranquila, nunca trato ninguém mal. Ouvir isso de uma pessoa que eu gostava, era o fim, me deixava no chão”, declarou a menina.

Poanka disse que só se deu conta de que estava vivendo uma relação abusiva quando foi atendida por uma psicóloga da Promotoria. “Antes mesmo de contar a minha história, ela me explicou os ciclos, o padrão [de um relacionamento abusivo]. Parecia que ela estava contando minha história”, disse a menina.

Segundo a estudante, o então namorado se desculpava, prometia que nunca mais a agrediria e a trataria melhor depois das brigas.

“Acho que tudo é diferente quando você está dentro da situação. Até porque não é 24 horas de agressão, não é 24 horas de coisas ruins, é 70% amor, carinho. Você pensa na história de vocês, você tenta acreditar ‘como que essa pessoa é assim?’, não é ‘possível… não é’, vem o sentimento de ‘tentar mudar’, mas isso não existe”, lembra a moça.

Desde que postou a foto da agressão nas redes sociais, muitas mulheres vieram procurar a jovem de 19 anos. Ela conta que se surpreendeu com relatos de amigas que dizer ter estado em situações parecidas.

“Cada mulher que me conta sua história, me emociono. Elas precisam denunciar. […] Eu estava e estou exausta por tudo que passei, toda essa infelicidade tinha que parar. Até porque nós mulheres queremos mudança, mas só tem mudança quando agimos, pode ser que não mude por agora, mas é denunciando que mostramos a situação”, afirma Poanka.

 

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