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Reitora da UnB afirma que ‘não há condições’ de retomar aulas presenciais em 2020
O campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB) amanheceu vazio na manhã desta quarta-feira (15); professores e alunos paralisaram atividades contra bloqueio de verbas anunciado pelo governo federal — Foto: Geraldo Bechker/TV Globo
A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, disse em entrevista à TV Globo, neste domingo (28), que descarta a retomada das aulas presenciais em 2020 e afirmou que um plano de ensino a distância na instituição deve ser concluído “nos próximos dias
“A nossa avaliação é que nós não temos condições de ter um retorno a atividades presenciais em 2020 no formato pré-pandemia”, afirmou.
O calendário acadêmico da UnB foi suspenso em março, paralisando aulas, seminários e oficinas. A medida foi tomada na mesma semana em que um decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou regras de distanciamento e proibição de eventos com mais de 100 pessoas.
Na época, a universidade já havia informado que as atividades presenciais seriam “substituídas por exercícios domiciliares, sob a supervisão das unidades acadêmicas”. Contudo, estudantes relataram à reportagem nas semanas seguintes que nem todos os cursos mantinham atividades a distância de forma regular.
Cinco etapas
De acordo com a reitora, o Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (CCAR), presidido pelo vice-reitor, Enrique Huelva, “está estudando as ações de retomada do ensino e aprendizagem”.
Conforme o planejamento divulgado pela UnB neste mês, a retomada das atividades presenciais ocorrerá em cinco etapas (veja det, começando pela área administrativa e, por último, o setor acadêmico.
“O comitê encaminhou [a proposta de retomada] para os institutos e faculdades, que, por sua vez, ouviram professores e a comunidade. Agora, com esse material, nós estamos finalizando uma proposta para levar ao Conselho de Pesquisa e Extensão nos próximos dias.”
Segundo a reitora, a UnB treinou quase 600 docentes nos últimos meses para estruturar as aulas a distância.
“Nossos docentes não estavam preparados para, de uma hora para outra, mudar a forma do ensino presencial para o remoto. Temos que lembrar que temos muitos cursos com disciplina prática, e esses professores têm que planejar a melhor forma [de ensino], que tenha a menor perda de qualidade”, disse.Apesar da suspensão das aulas, Márcia ressaltou que a “universidade não está parada” e que tem participado de projetos e pesquisas de combate ao coronavírus.“Nossa prioridade é salvar vidas. Temos que lembrar que a UnB tem cerca de 50 mil pessoas que circulam pela cidade. Se todos nós circulamos ao mesmo tempo, seremos um grande disseminador da pandemia no Distrito Federal”, disse
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