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Rússia diz que não é fácil chegar a um acordo de paz na Ucrânia com os EUA

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Fala de ministro russo aconteceu ao ser questionado se Moscou e Washington haviam chegado a um acordo de paz

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que não foi fácil chegar a um acordo com os EUA sobre os pontos-chave de um possível acordo de paz para encerrar a guerra na Ucrânia e que a Rússia nunca mais se permitiria depender economicamente do Ocidente.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que afirma querer ser lembrado como um pacificador, afirmou repetidamente que deseja encerrar o “banho de sangue” da guerra de três anos na Ucrânia, embora um acordo ainda não tenha sido fechado.

“Não é fácil chegar a um acordo sobre os principais componentes de um acordo. Eles estão sendo discutidos”

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia

A fala do ministro aconteceu durante uma entrevista ao jornal Kommersant, quando foi questionado se Moscou e Washington haviam chegado a um acordo sobre alguns aspectos de um possível acordo de paz.

“Estamos bem cientes do que parece ser um acordo mutuamente benéfico, que nunca rejeitamos, e do que parece ser um acordo que pode nos levar a outra armadilha”, disse Lavrov na entrevista publicada na edição desta terça-feira (15).

O Kremlin afirmou no domingo (13) que era muito cedo para esperar resultados do restabelecimento de relações mais normais com Washington.

Lavrov afirmou que a posição da Rússia havia sido claramente definida pelo presidente Vladimir Putin em junho de 2024, quando exigiu que a Ucrânia abandonasse oficialmente suas ambições na OTAN e retirasse suas tropas do território de quatro regiões ucranianas reivindicadas pela Rússia.

“Estamos falando dos direitos das pessoas que vivem nessas terras. É por isso que essas terras são preciosas para nós. E não podemos abrir mão delas, permitindo que pessoas sejam expulsas de lá”, disse Lavrov.

A Rússia atualmente controla pouco menos de um quinto da Ucrânia, incluindo a Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e partes de outras quatro regiões que Moscou agora reivindica como parte da Rússia, uma reivindicação não reconhecida pela maioria dos países.

Lavrov elogiou o “bom senso” de Trump e por ele afirmar que o apoio anterior dos EUA à tentativa da Ucrânia de ingressar na aliança militar da OTAN foi uma das principais causas da guerra na Ucrânia.

Mas a elite política russa, disse ele, não toleraria quaisquer movimentos que levassem a Rússia de volta à dependência econômica, militar, tecnológica ou agrícola do Ocidente.

A globalização da economia mundial, disse Lavrov, foi destruída pelas sanções impostas à Rússia, China e Irã pelo governo do ex-presidente dos EUA, Joe Biden.

Biden, líderes da Europa Ocidental e a Ucrânia descrevem a invasão russa de 2022 como uma apropriação de terras ao estilo imperial e prometeram repetidamente derrotar as forças russas.

Putin descreve a guerra na Ucrânia como parte de uma batalha contra o Ocidente, que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ao ampliar a aliança militar da OTAN e invadir o que considera a esfera de influência de Moscou.

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