Trump apoia votação na Câmara para divulgação de arquivos de Epstein

O presidente Donald Trump declarou no domingo (16) seu apoio a uma votação na Câmara dos Representantes para liberar mais documentos relacionados ao falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein, contrariando sua posição anterior contra essa medida.

De acordo com Trump, os republicanos deveriam aprovar a divulgação desses arquivos, afirmando que não há nada a esconder, conforme postou em sua plataforma Truth Social.

Epstein morreu em 2019, suicidando-se enquanto aguardava julgamento por suposta exploração sexual de menores. Sua associada, Ghislaine Maxwell, cumpre uma sentença de 20 anos pela mesma acusação.

O presidente descreveu as controvérsias envolvendo os crimes de Epstein como uma ‘farsa dos democratas’, especialmente após a viralização de e-mails nos quais o financista alegava que Trump estava ciente das garotas.

Antes de falecer, Epstein tinha que se registrar como criminoso sexual na Flórida, resultado de uma condenação em 2008 por duas acusações de solicitação de prostituição, incluindo uma envolvendo menor de idade.

Críticos sugerem que Trump tentou ocultar informações sobre suas próprias condutas inadequadas, algo que ele nega firmemente.

A questão gerou divisão dentro do Partido Republicano, afastando o presidente de alguns de seus apoiadores, como a congressista Marjorie Taylor Greene. Recentemente, Trump retirou seu apoio à sua reeleição em 2026.

Trump alertou que alguns republicanos estão sendo manipulados e que isso não pode continuar, referindo-se aos congressistas que mudaram de posição.

Os democratas do Comitê de Supervisão da Câmara afirmam que os e-mails revelam dúvidas sérias sobre o conhecimento de Donald Trump acerca dos crimes cometidos por Epstein.

As mensagens também expuseram comunicações com Larry Summers, ex-conselheiro econômico de Barack Obama e ex-presidente da Universidade de Harvard, além de mostrarem que o ex-presidente democrata Bill Clinton frequentava o círculo de Epstein nas décadas de 1990 e 2000.

Trump solicitou que a procuradora-geral Pam Bondi e o FBI apurem as ligações entre Epstein, Clinton e Summers.