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Trump oficializa tarifa de 25% em aço e alumínio, dizem agências; medida afeta Brasil
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Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor do metal para os EUA, atrás apenas do Canadá
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que oficializa tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A medida sancionada nesta segunda-feira, 10, afeta o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para o país, ficando atrás apenas do Canadá. Conforme a Bloomberg, a tarifa começa a valer em 4 de março.
A tarifa de importação recíproca é uma opção para ajudar a financiar a ampliação dos cortes de impostos dos EUA aprovados em 2017. No entanto, especialistas apontam que a arrecadação com tarifas, que representa cerca de 2% da receita anual dos EUA, não teria impacto significativo no orçamento federal.
O Brasil aplica várias tarifas sobre produtos que importa dos EUA, como o Imposto de Importação, além de IPI e ICMS. Eles possuem alíquotas variáveis, conforme o item.
Os Estados Unidos, no entanto, tiveram um superávit de US$ 253 milhões (R$ 1,3 bilhão) no comércio com o país em 2024. O Brasil exportou US$ 40,330 bilhões e importou US$ 40,583 bilhões no ano passado, o que torna os EUA o segundo maior parceiro comercial do Brasil.
Em 27 de janeiro, Trump havia citado o Brasil como parte de um grupo que “quer mal” aos Estados Unidos. “A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, afirmou.
Adiamentos
Em outras ocasiões, como quando anunciou tarifas contra o México, China e Canadá, Trump demorou alguns dias para assinar a ordem executiva sobre o tema. Ele ficou dias dizendo que as tarifas entrariam em vigor em 1º de fevereiro, mas só assinou a ordem para isso no próprio dia 1º, no fim da tarde, e determinou que as medidas entrassem em vigor três dias depois, em 4 de fevereiro.
No entanto, as tarifas contra México e Canadá foram adiadas até 4 de março, após um acordo. Os países vizinhos tomaram medidas para reforçar a segurança na fronteira e assumiram mais alguns compromissos.
Já as tarifas contra a China, de 10% adicionais, entraram em vigor no dia 4. Em resposta, a China impôs tarifas de 10% a 15% em uma série de produtos dos EUA, que passaram a valer nesta segunda, 10.
Rebeca Freitas/ EXAME
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