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Réu do caso Gritzbach terá audiência remota após ameaça de resgate do PCC

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Um dos acusados no caso Gritzbach — investigação sobre o assassinato do corretor de imóveis Vinicius Gritzbach, ocorrido em novembro de 2024 — terá sua audiência realizada de forma remota depois que a Justiça percebeu uma ameaça de resgate feita pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Uma denúncia datada de 27 de novembro não indicava qual investigado seria o alvo do resgate, mas mencionava que membros da facção estavam armados perto do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, com a intenção de retirar um dos detentos.

Diante do risco iminente, a Justiça decidiu que um dos suspeitos participaria das audiências processuais por meio virtual.

O processo segue sob sigilo. A informação foi divulgada pelo jornalista Josmar Jozino, do UOL, e confirmada pelo Metrópoles.

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38 anos, foi morto a tiros no terminal do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Conhecido como “delator do PCC”, ele havia revelado envolvimento de policiais civis, empresários e advogados com a organização criminosa.

A denúncia não indicava data nem horário para o suposto resgate, mas foi feita um dia antes de uma das audiências, em que um dos réus participaria. Curiosamente, toda vez que esse acusado comparecia ao fórum, solicitava atendimento médico e o deslocamento para hospitais próximos.

Na última quarta-feira (3/12), o juiz Paulo Fernando Deroma de Melo determinou que o preso deve participar das audiências de forma virtual para preservar a saúde do réu e garantir a segurança de todos os envolvidos.

Este réu é considerado de alta periculosidade e a diretoria do Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Belém, onde ele ficou preso temporariamente, solicitou sua transferência para a Penitenciária 1 de Avaré, destinada a líderes do PCC, permitindo sua participação remota nas audiências.

Quem são os acusados no caso Gritzbach

  • Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mude, advogado denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
  • Eduardo Lopes Monteiro, investigador da Polícia Civil denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
  • Fabio Baena Martin, delegado da Polícia Civil denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
  • Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, investigador denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Marcelo Roberto Ruggieri, chamado Xará, investigador denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Robinson Granger de Moura, apelidado Molly, empresário denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Rogerio de Almeida Felicio, Rogerinho, policial civil denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
  • Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo, policial civil denunciado por organização criminosa e corrupção passiva.
  • Valmir Pinheiro, apelidado Bolsonaro, policial civil denunciado por organização criminosa.

Outros investigados incluem Ademir Pereira de Carvalho, preso e posteriormente liberado; Alberto Pereira Matheus Junior, delegado denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva; e Danielle Bezerra dos Santos, esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC, atualmente foragida da Justiça.

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