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Agente da PF nega contato com Bolsonaro em depoimento sobre desinformação

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Marcelo Bormevet, policial federal, afirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (24) que não tinha contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele negou as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República de orientar investigações sobre adversários de Bolsonaro e de disseminar notícias falsas nas redes sociais.

Bormevet foi o primeiro a depor entre os réus do chamado núcleo da desinformação da ação penal da trama golpista. A audiência é conduzida pela juíza auxiliar Luciana Sorrentino, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que atua sob o ministro Alexandre de Moraes.

Durante o governo Bolsonaro, Bormevet atuou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde foi um dos coordenadores e foi citado como assessor do então diretor-geral Alexandre Ramagem.

Segundo a PGR, Bormevet estaria envolvido em uma central de contrainteligência na Abin, utilizando ferramentas como o software First Mile para monitorar adversários do ex-presidente e repassar informações para perfis falsos ou controlados nas redes sociais. Contudo, ele afirmou que nem ele nem sua equipe tinham acesso a esse sistema.

Ao mencionar o subtenente do Exército Giancarlo Rodrigues, seu subordinado na Abin e usuário do sistema, Bormevet negou ter orientado pesquisas ilegais, embora a denúncia indique que Giancarlo fez diversas buscas no sistema a mando de Bormevet, inclusive relacionadas ao filho de Bolsonaro, Jair Renan.

O policial confirmou que recebeu pedidos para realizar pesquisas da diretora-geral da Abin, mas enfatizou que nunca teve contato direto com Bolsonaro.

A PGR também acusa Bormevet de ter compilado um dossiê com informações falsas sobre as urnas eletrônicas e os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, com a intenção de desacreditá-los e influenciar o processo eleitoral.

Além disso, ele teria enviado uma notícia relacionando o ministro Fux e um escritório ligado ao ministro Barroso ao Banco Itaú, destacando participação do banco em uma empresa, sugerindo ataques organizados contra os ministros.

Durante o interrogatório, Marcelo Bormevet rejeitou as alegações de envolvimento na criação ou disseminação de notícias falsas.

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