Notícias Recentes
Em tempo de cortes de gastos, Congresso gastará R$ 209 milhões a mais que 2013
O orçamento da Câmara e do Senado saltou de R$ 8,51 bilhões em 2013 para R$ 8,72 bilhões em 2014. Protesto em frente ao Congresso: apesar de os gastos da Câmara e do Senado não estarem conectados, ambos tiveram acréscimo nos custos.
O clima de pessimismo em relação à economia passa longe do Congresso, pelo menos no que tange ao corte de gastos. É o que mostra um levantamento feito pelo Correio com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) por meio do portal Siga Brasil. Em conjunto, o orçamento da Câmara e do Senado saltou de R$ 8,51 bilhões em 2013 para R$ 8,72 bilhões em 2014 — um aumento de pouco mais de R$ 209 milhões. Nem mesmo o corte anunciado pela presidente Dilma em fevereiro conseguiu ajustar as contas do parlamento à realidade do país. Mesmo após o contingenciamento, o aumento será pouco mais de R$ 79 milhões. Esse valor, entretanto, costuma crescer ao longo do ano, com a abertura dos chamados créditos suplementares.
A montanha de dinheiro gasta pelo Congresso salta aos olhos mesmo se comparada à de outros órgãos da administração pública federal. Somados, os orçamentos autorizados para as duas Casas superam o da maioria dos ministérios. Em 2014, o parlamento poderá gastar 2,6 vezes a mais que o investido no Ministério da Cultura, ou 3,7 vezes mais que o aportado no Ministério do Esporte. O orçamento autorizado para o Congresso é ainda quase seis vezes maior que o do Ministério do Turismo, por exemplo. “Nós fizemos um levantamento recentemente mostrando que o Congresso brasileiro é o mais caro do mundo, em custo per capita. E o problema nem é só custar muito, é que a produção é muito ruim. A fiscalização sobre o Executivo, por exemplo, é pífia”, comenta o economista e diretor da ONG Transparência Brasil, Cláudio Abramo.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login