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Lula apoia julgamento da ação golpista no STF e critica Trump

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta quinta-feira (28) seu apoio ao julgamento dos principais envolvidos na ação penal relacionada à trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele enfatizou que, se o ataque ao Capitólio dos EUA em janeiro de 2021 tivesse ocorrido no Brasil, o então presidente americano, Donald Trump, também estaria sendo julgado pela Justiça brasileira.

Lula falou durante a cerimônia de posse dos indicados para 13 agências reguladoras e autarquias, realizada no Palácio do Planalto.

“Esse julgamento será fundamentado nos fatos investigados, pois a quadrilha foi desmontada e todos sabem o que aconteceu: quem denunciou, quem acusou. Todos conhecem os eventos de 8 de janeiro, a explosão no aeroporto de Brasília em dezembro de 2024, e os documentos que incentivaram ameaças contra mim, o Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. É exatamente isso que será julgado”, destacou o presidente.

Lula também mencionou o plano denominado Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato do então presidente e vice-presidente eleitos, além do ministro Moraes. Ele mencionou a tentativa de explosão de um caminhão-tanque perto do Aeroporto Internacional de Brasília por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em 24 de dezembro de 2022.

“Respondi ao presidente Trump que, se o que aconteceu no Capitólio tivesse ocorrido no Brasil, ele também estaria enfrentando julgamento aqui. Nós não temos tanto poder, armas ou dinheiro, mas temos um povo orgulhoso, e quem governa o Brasil é o povo brasileiro, e ninguém mais”, afirmou Lula.

O presidente declarou ainda estar aberto a negociações comerciais com os Estados Unidos para encerrar a tarifa de 50% imposta pelo governo Trump sobre as exportações brasileiras, mas criticou a falta de interlocução com os negociadores americanos.

“Quando eles quiserem iniciar as negociações, o Lulinha ‘paz e amor’ está pronto. Tenho o Alckmin, o Haddad e o Mauro Vieira como meus representantes. Até agora, ninguém conseguiu estabelecer contato com os EUA. Nem o Mauro, nem o Alckmin. E o Haddad teve sua reunião cancelada pelo secretário do Tesouro americano, que preferiu se encontrar com o deputado Eduardo Bolsonaro. Isso demonstra a falta de seriedade na relação com o Brasil”, declarou.

Lula reafirmou a defesa do multilateralismo nas relações internacionais, ressaltando que acordos não podem ser desiguais entre países grandes e pequenos.

“O acordo entre Brasil e EUA não deve ser explorador, com um país grande impondo sua vontade ao menor. Quando os Estados Unidos abandonam o multilateralismo e negociam individualmente, países pequenos ficam sem chance de diálogo. O multilateralismo estabeleceu um equilíbrio benéfico após a Segunda Guerra Mundial”, disse o presidente.

Lula ainda afirmou que não existe justificativa para o aumento das tarifas americanas sobre produtos brasileiros.

Nesta quinta-feira, tomaram posse os diretores e presidentes de agências reguladoras como Anac, ANA, ANTT, ANS, ANP, Anvisa, Aneel, Antaq, ANM e ANPD. Essas nomeações ficaram retidas por meses pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mas foram liberadas a partir de julho. Alcolumbre esteve presente na cerimônia.

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