Lula diz que Pacheco precisa decidir logo se vai concorrer ao governo de Minas

Durante sua passagem por Minas nesta sexta-feira, o presidente Lula (PT) afirmou que o prazo para o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) escolher se vai disputar o governo do estado está se esgotando.

Esta declaração foi dada em entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, pela manhã.

Logo depois, Lula esteve acompanhado pelo senador na entrega de obras do PAC em Contagem (MG), cidade governada por Marília Campos (PT), aliada do presidente descrita por ele como a vice que tornaria a chapa de Pacheco invencível.

— Eu sinto que o tempo do Pacheco está chegando ao fim, pois a população já começa a refletir sobre o futuro do país. Claro que não quero forçar um profissional da excelência dele, com tanta experiência política, a entrar na disputa. Atualmente, considero ele a personalidade mais relevante do estado de Minas — comentou Lula na entrevista.

No mesmo momento, Lula elogiou o trabalho de Marília, especulada tanto para ser vice de Pacheco quanto para disputar uma vaga no Senado.

Reeleita para mais um mandato no ano anterior, ela lidera a segunda maior cidade administrada pelo PT no país, situada na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

— Vejo a Marília apta para qualquer posição que desejar. Se aceitasse ser vice, teríamos uma chapa forte. Com isso, ganharíamos o estado de Minas Gerais.

Os elogios de Lula a ambos continuaram na programação subsequente, já em Contagem. No evento para anunciar obras do Novo PAC, Pacheco subiu ao palco e retribuiu as gentilezas do presidente.

Em seu discurso, Pacheco defendeu as ações de Lula contra o aumento das tarifas e criticou, indiretamente, a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

— Não existem dois lados, presidente Lula, quando se trata de proteger a soberania do Brasil. Quem vai para o exterior para agir contra o país é traidor da nação. Isso precisa ser declarado claramente. A bandeira do Brasil que está naquela senhora com boné não serve para secar o suor de fascistas — disse o senador.