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Rollemberg reconhece que há recurso para pagar só 85% da folha salarial

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Encontros com o governo federal e resistência a reajustes aos servidores públicos são algumas das medidas adotadas para driblar a crise financeira

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A relação explosiva do aumento dos gastos públicos com a retração da economia local e o consequente impacto na arrecadação coloca o Distrito Federal como uma das unidades da Federação mais sensíveis à crise. Pela primeira vez na história, o DF figura no grupo que opera no vermelho e não consegue quitar todas as dívidas. Em reunião a portas fechadas, ocorrida no Palácio do Buriti ontem pela manhã, o governador Rodrigo Rollemberg; a secretária de Planejamento, Leany Lemos; o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio; e a equipe jurídica do GDF admitiram que só há em caixa recurso suficiente para quitar 85% da folha salarial referente a novembro — o pagamento é feito no quinto dia útil de dezembro. O Executivo local não informou se honrará os vencimentos com desconto ou se privilegiará determinadas categorias. O 13º de comissionados e aniversariantes de dezembro não entra no cálculo.

Desde outubro, a contabilidade da Administração Pública não fecha. Para garantir o salário dos servidores públicos, o governo optou por atrasar o pagamento de fornecedores, como contratos de empresas terceirizadas e de compra de gasolina das ambulâncias. Fora os débitos em aberto, avaliados em R$ 1,2 bilhão, contraídos antes de 2014, na gestão Agnelo Queiroz. Entretanto, apesar da fragilidade, o secretário de Fazenda, João Fleury, garante que não há risco de a capital federal decretar estado de calamidade financeira, como fizeram o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro.

A crise do Distrito Federal fez com que o governador Rodrigo Rollemberg se tornasse um dos protagonistas na briga das unidades federativas para conseguir ajuda financeira da União. Afinal, em 2016, o DF perdeu R$ 382 milhões em recursos do Fundo Constitucional. Na última terça-feira, Rollemberg se reuniu com governadores na residência oficial de Águas Claras. À tarde, o grupo se encontrou com o presidente da República, Michel Temer, e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Palácio do Planalto (leia Memória). Os Executivos estaduais devem apresentar nesta semana um conjunto de propostas para o governo federal em contrapartida ao auxílio financeiro.

 

 

 

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