Economia
Copom corta Selic em 0,5 % e taxa cai para 5%, menor nível da história
Com a economia ainda em recuperação contida e a inflação sob controle, a expectativa majoritária do mercado financeiro era de que a Selic passasse por um novo corte.
Para o Copom, a decisão é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020 e, em grau menor, o de 2021. “O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”, completou o comunicado.
No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus -, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2019 de 3,3% para 3,4%. No caso de 2020, a expectativa permaneceu em 3,6%.
O Copom passou a incluir também a projeção para a inflação de 2021 no cenário de marcado, estimada em 3,5%, ante 3,7% no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
O Copom também atualizou seu cenário híbrido com câmbio constante a R$ 4,05 e juros conforme o relatório Focus. Neste caso, a projeção para o IPCA de 2019 se manteve em 3,4%. Já a inflação projetada para 2020 foi de 3,8% para 3,7%. Para 2021, a estimativa é de 3,6%, ante 3,7% do último RTI.
O BC desta vez deixou de informar as projeções em um cenário de referência, em que o BC utilizava nos cálculos uma Selic e uma taxa de câmbio fixas.
O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00 a 5,00%).
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