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Coreia do Sul registra forte aumento de casos de coronavírus

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Governo tenta localizar milhares de pessoas que frequentaram bairro boêmio de Seul, capital do país, foco da onda nova de contágio da covid-19

Coreia do Sul: 85 pessoas infectadas estão vinculadas a um homem de 29 anos que frequentou bares e boates de um bairro boêmio de Seul (Seong Joon Cho/Getty Images)

A Coreia do Sul registrou nesta segunda-feira (11) o maior número de casos de coronavírus em mais de um mês, em razão do aparecimento de um foco de contágio em um bairro de vida noturna em Seul.

O país, que em fevereiro era um dos maiores focos de infecção no mundo, é considerado um modelo na luta contra o vírus. A normalidade começou a se restabelecer na semana passada.

Neste fim de semana, porém, a capital Seul, a província vizinha de Gyeonggi e a cidade vizinha de Incheon decretaram o fechamento de boates e bares, porque as autoridades temem uma segunda onda epidêmica.

“O descuido pode levar a uma explosão de infecções”, afirmou o prefeito de Seul, Park Won-soon, antes de informar que a ordem seguirá em vigor por tempo indeterminado.

Esse ressurgimento de casos ocorre em um momento em que muitos países europeus começam um processo gradual de desconfinamento de sua população.

A Coreia do Sul registrou 35 novos casos nesta segunda-feira, elevando o número total de pessoas positivas para COVID-19 a 10.909, de acordo com o Centro Coreano de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC).

Durante oito dos últimos 12 dias, o país registrou um aumento de um dígito no número de casos.
Esta manhã, 85 pessoas infectadas foram vinculadas a um homem de 29 anos que deu positivo depois de frequentar cinco boates e bares em Itaewon, um dos bairros mais quentes de Seul, no início de maio, informou no Twitter o prefeito da capital.

As autoridades municipais convocaram todos os que estiveram na região nas últimas duas semanas para serem submetidos a testes.

As autoridades de saúde estão tentando localizar “milhares de pessoas” que frequentaram esses estabelecimentos noturnos, disse o primeiro-ministro Chung Sye-kyun.

O aumento de infecções ocorre depois que o país flexibilizou, na quarta-feira passada, as medidas de distanciamento social em vigor desde março.

No final de fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país mais afetado pelo coronavírus no mundo, depois da China, onde o vírus apareceu.

As autoridades conseguiram controlar a situação por meio de uma estratégia agressiva de “rastrear, testar e tratar”, que recebeu elogios do mundo inteiro.

Locais públicos como museus e galerias de arte acabam de reabrir, e as temporadas de alguns dos esportes profissionais mais populares do país, como beisebol e futebol, acabam de começar, após semanas de atraso.
Já as escolas devem retomar as aulas esta semana

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