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Ex-distrital preso por mandar matar adolescente será levado para a Papuda

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Carlos Xavier foi preso por PMs, em Brazlândia, nesta segunda-feira (19/2). O ex-parlamentar é condenado por encomendar a morte de um adolescente, Ewerton da Rocha Ferreira, acusado de ter um caso com a ex-esposa dele, em 2004

O ex-deputado distrital Carlos Xavier, preso nesta segunda-feira (19/2) por policiais militares, passará a noite na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) e será encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda na manhã desta terça-feira (20/2).

Carlos Xavier — que também ficou conhecido como Adão Xavier — foi capturado por PMs em Brazlândia. Com ele, foi apreendido dois aparelhos celulares, além de R$ 1,3 mil em espécie. Ele conduzia uma Hilux no momento da abordagem.

O ex-parlamentar é condenado por encomendar a morte de um adolescente de 16 anos, em março de 2004. Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a motivação seria porque o então distrital descobriu que o rapaz era amante da ex-esposa dele.

O jovem, Ewerton da Rocha Ferreira, foi assassinado e o corpo encontrado atrás de uma parada de ônibus, no Recanto das Emas.

Carlos Xavier ficou preso por um período, mas foi solto quando conseguiu o direito de responder em liberdade, em 2018. Existia um mandado de prisão contra ele expedido desde fevereiro de 2022.

Cassado

Pouco depois, o nome de Carlos Xavier surgiu em meio às investigações do crime e, em agosto do mesmo ano, a Câmara Legislativa (CLDF) decidiu pela cassação do então parlamentar — o primeiro da história a ser cassado.

O homem contratado para o serviço, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão pela morte do rapaz. As investigações mostraram que Risadinha teria planejado o assassinato do rapaz, contratando um adolescente e outro suspeito, Leandro Dias Duarte, que também foi condenado a 15 anos de detenção.

Após 10 anos do julgamento do ex-deputado no Tribunal do Júri, a Justiça do DF vai analisar um recurso que pode anular todo o processo.

Uma das testemunhas-chave é o ex-deputado e ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Laerte Bessa. A tese é de que o adolescente foi vítima de um latrocínio e não um crime encomendado pelo político.

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