Economia
Chocolate sobe 3,63%, e itens do almoço de Páscoa estão até 40% mais caros este ano, mostra estudo
Já o preço do bacalhau ficou estável, segundo estimativas da XP
A Páscoa se aproxima e o consumidor já pode preparar o bolso para lidar com o aumento de preços. Os chocolates em barra e bombom subiram em média 3% em 2024 – uma alta menor do que a observada nos últimos dois anos.
Mas certos itens do almoço pascal podem ficar até 40% mais caros este ano. É o que mostra um estudo da XP feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
Um dos itens mais tradicionais do almoço de Páscoa, o bacalhau manteve o preço praticamente estável (0,46%) em relação ao ano passado. Já os pescados, em média, subiram 2,68%.
Azeite fica 40% mais caro
O azeite foi o item da cesta da Páscoa que mais encareceu no ano, com uma alta de 40,7% no período. Segundo Alexandre Maluf, economista da XP, a alta se deve a uma combinação de fatores, incluindo os efeitos climáticos do El Niño na Europa.
Também ficaram mais caros na Páscoa deste ano produtos como açúcar refinado (13,92%), açúcar cristal (7,51%), sorvete (10,43%) e bebidas alcóolicas, exceto cerveja e vinho (11,27%).
A boa notícia fica concentrada em itens como óleo de soja (-22,73%), carnes (-7,95%) e margarina (-8,43%). São produtos que em sua maioria chegaram a registrar altas de dois dígitos nos últimos anos e agora estão pesando um pouco menos no bolso das famílias.
A pesquisa da corretora mostra que os preços do chocolate em barra e dos bombons tiveram aumentos menos intensos este ano, em relação à 2023 e 2022. Ainda assim, o consumidor não perceberá um alívio no bolso ao adquirir esses produtos no supermercado.
Isso porque estes itens estão em média 26,1% mais caros frente 2019, período pré-pandemia. Numa conta rápida, significa dizer que um chocolate em barra que custava R$ 20 há cinco anos agora não sai por menos de R$ 25.
Segundo Maluf, da XP, a alta em produtos como achocolatados, barras de chocolates e bombons tem relação tanto com o aumento do cacau no mercado internacional quanto com a alta do açúcar. O economista lembra que houve quebra de safra nos países produtores de cacau, além de quebra de safra do açúcar nos Estados Unidos, o que traz reflexos globais na cadeia de produção.
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