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Biden dá ‘ultimato’ a Netanyahu para proteger civis e trabalhadores

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Segundo especialistas, o presidente norte-americano pode ter chegado ao seu limite no que diz respeito ao apoio a Israel

No último dia 4, o presidente norte-americano Joe Biden deu um ultimato ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: proteja civis palestinos e trabalhadores humanitários estrangeiros em Gaza ou Washington poderá restringir seu apoio aos israelenses na guerra contra militantes do Hamas. A mensagem se deu após um ataque das tropas de Netanyahu que matou sete trabalhadores da  Cozinha Central Mundial (World Central Kitchen).

Embora a Casa Branca não tenha especificado que tipo de ação espera de Israel, analistas afirmam que a ameaça implícita é a de desaceleração da transferência de armas ao país ou a de mudança de seu apoio nas Nações Unidas. De acordo com Dennis Ross, diplomata veterano dos Estados Unidos e hoje membro do Instituto de Washington para Política do Oriente Próximo: “O presidente, na realidade, está dizendo para suprir essas necessidades humanitárias ou ele não terá escolha senão condicionar a assistência militar.”

Biden tem encontrado dificuldade no equilíbrio da pressão dos democratas progressistas para restringir o apoio a Netanyahu e o risco de alienar eleitores pró-Israel. Por enquanto, ele resistiu à imposição de condições nas transferências de armas.

A guerra na região começou no dia 7 de outubro, quando um ataque do Hamas a Israel matou mais de mil pessoas, segundo registros israelenses. Consequentemente, foi iniciada uma invasão das tropas de Netanyahu que desalojou a maior parte de 2,3 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 33 mil palestinos perderam suas vidas, entre os quais a maioria eram mulheres e crianças.

Ao que tudo indica, Joe Biden pode ter chegado ao seu limite no que diz respeito à tolerância para com as agressões israelenses. “Sempre haveria um ponto no qual a administração Biden sentiria que o custo doméstico e internacional de apoiar a campanha de Israel em Gaza superaria o benefício do que  Israel conseguiria fazer”, declarou Mike Singh, ex-oficial do Conselho Nacional de Segurança no Oriente Médio. “O que é notável não é que isso esteja acontecendo, mas que tenha demorado tanto.”

Com informações da Reuters.

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