Economia
Índice de emprego da FGV sobe 0,3 ponto em setembro
Para economista da instituição, resultado sugere continuidade da recuperação gradual do mercado de trabalho nos próximos meses
São Paulo — O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,3 ponto na passagem de agosto para setembro, para 87,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 7. Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 0,2 ponto, a segunda elevação consecutiva.
“A suave alta em setembro compensa a queda observada no mês anterior e mantém o indicador na trajetória positiva, atingindo o maior nível desde abril de 2019. O resultado sugere continuidade da recuperação gradual do mercado de trabalho nos próximos meses, e mostra que ainda há um longo caminho pela frente”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,6 ponto em setembro ante agosto, para 92,9 pontos. “O ICD voltou a registrar resultado favorável em setembro após um tropeço em agosto. Apesar do bom resultado no mês, o patamar elevado do indicador sugere que a melhora na taxa de desemprego deve continuar devagar”, completou Rodolpho Tobler.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
No IAEmp, cinco dos sete componentes registraram avanços em setembro, com destaque para o Indicador de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses do setor de Serviços, que subiu 3,0 pontos.
No ICD, o recuo foi puxado pelas famílias com renda mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 (-3,7 pontos) e de R$ 4.800.00 a R$ 9.600.00 (-1,8 pontos).
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