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Mais de 200 pessoas foram detidas no quarto dia de protestos.

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Dos mais de 200 presos durante quarta manifestação contra o aumento das tarifas em São Paulo, quatro permaneciam presos na manhã desta sexta-feira (14), como informou o Bom  Dia São Paulo. Manifestantes voltaram a entrar em confronto com a polícia. Uma forte repressão policial impediu que os manifestantes chegassem em massa à Avenida Paulista. Jornalistas foram detidos e outros atingidos por balas de borracha. Um grupo pichou ônibus e bancas de jornais.

Inicialmente, a polícia informou que cinco seguiam detidos. Porém, um deles era um adolescente, que foi entregue aos pais. Os quatro detidos vão responder por dano ao patrimônio e formação de quadrilha. Como as penas para os dois crimes preveem mais de quatro anos de detenção, a fiança não pode ser arbitrada pela autoridade policial, apenas pela Justiça. Nesta manhã, eles permaneciam no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, no Centro de São Paulo, à espera de transferência para um Centro de Detenção Provisória.

A manifestação começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Enquanto lojistas fechavam as portas para evitar depredação, a Polícia Militar prendia dezenas para averiguação. Segundo a PM, foram apreendidos coquetéis molotov, facas e maconha. De acordo com a delegada Vitória Lobo Guimarães, at é o início da madrugada, 198 pessoas haviam sido detidas e encaminhadas ao 78º DP, nos Jardins. Todos foram liberados. Quatro vão responder termo circunstanciado; três deles por porte de entorpecentes e um por resistência à prisão. Outras cinco pessoas foram levadas para o 1º DP.

O ato ocupou a Rua Xavier de Toledo, o Viaduto do Chá e seguiu pela Avenida Ipiranga. Ao menos duas pessoas foram presas na esquina das avenidas Ipiranga e São Luís por causa da depredação e pichação de um ônibus.

Os manifestantes, cerca de 5.000 segundo a PM, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas.

A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.

Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse.

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Os manifestantes tentaram subir a Rua da Consolação, por volta das 19h15, e houve dispersão. Parte seguiu até a Avenida Paulista, que voltou a ser interditada por volta das 21h30. Uma parte do grupo fez barricada uma com objetos queimados na Rua Fernando de Albuquerque.

A polícia avançou com balas de borracha e gás lacrimogêneo sobre os manifestantes, que revidaram jogando pedras e garrafas em direção aos PMs.

O jornal ‘Folha de S.Paulo’ diz que teve 7 repórteres atingidos no protesto, entre eles Giuliana Vallone e Fábio Braga, que levaram tiros de bala de borracha no rosto. Um cinegrafista foi atingido com spray de pimenta no rosto por um policial.

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