Segundo os pesquisadores, as rochas da superfície da Terra sob o impacto se comportaram da mesma forma que um lago atingido por uma pedra. De acordo com o estudo, nos primeiros três minutos, uma porção de montanhas, mais altas que os Himalaias, foram formadas em volta de um vazio de 25 quilômetros de profundidade e 70 quilômetros de largura – os picos subiam e mergulhavam em direção à superfície. No quarto minuto, o maior pico se formou e foi jogado na crosta terrestre. Nos minutos finais, entre o fim do quinto minuto até o décimo, a superfície foi chacoalhada e o movimento sísmico deixou uma grande cratera na superfície. A zona do impacto se estendeu para toda a crosta terrestre, fazendo as rochas “fluírem” e “mudando o mundo para sempre” afirmou Penny Barton, pesquisador do departamento de ciências da Terra da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, em um comentário que acompanha o estudo. Os pesquisadores ressaltam que, apesar de a Terra agir como um fluido e se movimentar como um líquido, ela permaneceu sólida.
Primeiras formas de vida
O estudo também confirma um modelo para a formação de crateras e explica como as rochas do planeta se tornaram porosas e menos densas – um ambiente favorável à circulação de água e nutrientes do interior da Terra que podem ter ajudado no surgimento das primeiras formas de vida do planeta, formado há 4,5 bilhões de anos. Acredita-se que, em sua origem, a Terra foi bombardeada por asteroides, que podem ter ajudado os primeiros organismos terrestres a aparecer.
“É difícil acreditar que as mesmas formas que destruíram os dinossauros podem ter também tido um papel importante, muito mais cedo na história da Terra, em fornecer os primeiros refúgios para a vida primitiva no planeta”, afirmou Joanna Morgan, pesquisadora do Departamento de Ciências da Terra do Imperial College London.
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