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Promotoria do Peru pede inclusão de três empresas no caso Odebrecht
A Promotoria do Peru solicitou ao Poder Judiciário a inclusão de três grandes empresas do país no caso Odebrecht. Elas teriam se associado à construtora brasileira nas licitações que a empresa ganhou ilegalmente com o pagamento de propina.
As empresas Graña y Montero, JJ Camet e Ingenieros Civiles y Contratistas Generales (ICCGSA), cujos executivos estão em prisão preventiva, são investigadas pela Promotoria por supostos crimes de conluio e lavagem de dinheiro.
Os focos das investigações são as licitações vencidas para a construção da Estrada Interoceânica do Sul. Há suspeitas de que o então presidente Alejandro Toledo recebeu suborno no valor de US$ 20 milhões.
Em dezembro, foram presos os executivos José Graña Miró Quesada e Hernando Graña Acuña, da Graña y Montero, Fernando Camet Piccone, da JJCamet, e Fernando Castillo Dibós, da ICCGSA.
O caso Odebrecht é o maior escândalo de corrupção da América Latina, devido aos subornos pagos pela companhia brasileira em diferentes países para vencer contratos milionários em obras públicas, além de financiar as campanhas eleitorais dos principais candidatos.
No Peru, onde foram pagos subornos entre 2005 e 2014, as investigações afetam todo o primeiro escalão político.
Esse período abrange os mandatos presidenciais de Toledo (2001-2006), com ordem de captura internacional; Alan García (2006-2011), investigado por subornos pagos para construir o Metrô de Lima; e Ollanta Humala (2011-2016), em prisão preventiva por suposto financiamento irregular das suas campanhas eleitorais.
Também são investigadas a líder do partido fujimorista Força Popular, Keiko Fujimori, e a ex-prefeita de Lima Susana Villarán por, supostamente, terem financiado campanhas eleitorais com fundos da Odebrecht.
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