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Economia

Dólar atinge maior valor em um ano e bate R$ 5,18

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Moeda norte-americana apresentou forte alta nesta segunda-feira (15), no primeiro dia após ataque a Israel, e encerrou o pregão com valorização de 1,21%, a R$ 5,18

O mercado começou a sentir os impactos do conflito entre Israel e Irã, que se intensificou neste final de semana. Nesta segunda-feira (15/4), o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,5%, acima dos 125 mil pontos. Já é o quarto pregão seguido com desvalorização da principal bolsa de valores da América Latina, que perdeu 2,16% de valor desde o início de abril.

Nesse movimento, o real também apresentou forte desvalorização em relação ao dólar nesta segunda. Diante disso, o câmbio da moeda norte-americana subiu 1,21% e alcançou o valor de R$ 5,18 – maior valor de fechamento desde março de 2023. O aumento foi bastante superior ao avanço do Índice DXY (0,15%), que compara a variação das principais moedas do mundo com o dólar.

Mesmo com um dia positivo para os índices da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que subiram 0,58% e 0,95%, respectivamente, a bolsa brasileira não conseguiu segurar os ganhos que apresentou ao longo do dia. No caso da Petrobras, os papeis da empresa conseguiram uma boa performance, mesmo com a queda do barril de petróleo internacional, motivada por uma paz aparente após o fim dos bombardeios por parte do Irã.

As maiores quedas do dia vieram de empresas do varejo e de bancos. As ações do Magazine Luiza (MGLU3) tiveram a segunda pior queda entre os papeis listados na B3, com um recuo de 7,83%. A maior queda, no entanto, foi registrada pela CVC (CVCB3), que se desvalorizou em 9,38% nesta segunda-feira. Além disso, Itaú (ITUB4) (1,69%) e Bradesco (BBDC4) (1,48%) puxaram as quedas entre os bancos.

Com o petróleo em queda, apesar do receio de uma alta mais forte ao longo do dia, o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES, avalia que ainda é muito cedo para afirmar se pode haver, ou não, riscos maiores a longo prazo. Segundo ele, a tendência é de que haja momentos de altos e baixos enquanto o conflito no Oriente Médio se estender.

“Por enquanto, há muito pouco desdobramento econômico ou comercial. O Irã não quer se isolar. O conflito continuará de modo sanfona, com ampliações e súbitos recuos. Se o preço do petróleo subir mais, o juro americano recuará menos e, com isso, nossa (Taxa) Selic vai cair ainda mais devagar”, avalia o economista.

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