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Abordagem de criminosos dentro e próximo aos câmpus reforçam medo de jovens

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Ontem, a aluna de uma faculdade localizada em Taguatinga sofreu um assalto assim que deixou o local

20160825005927819631iO roubo sofrido por uma estudante da Universidade Católica de Brasília (UCB), em Taguatinga, despertou a sensação de insegurança de quem frequenta o ambiente acadêmico. O caso de ontem não é o primeiro registrado no local. Universitários reclamam que criminosos aproveitam o livre acesso para cometer assaltos e furtos. A situação se repete em outros estabelecimentos de ensino superior. No Plano Piloto, alunos reclamam das constantes abordagens com uso de arma no caminho da aula. As instituições afirmam que mantêm segurança privada, mas não é suficiente para inibir a ação dos bandidos.
Outros casos haviam sido registrados dentro e fora da UCB. Ontem, a estudante de publicidade e propaganda foi abordada por dois homens, por volta das 11h40, no momento em que deixava a universidade. Ela passava pela saída que fica próxima à Biblioteca Central rumo à parada de ônibus. A jovem, de 19 anos, entregou o celular, mas, mesmo assim, acabou atingida por uma facada na mão. Eles fugiram por dentro do câmpus em direção à saída que dá acesso ao Areal. O crime aconteceu no momento em que alunos e integrantes da Reitoria discutiam medidas para aumentar a segurança no câmpus.
Para evitar novos casos de violência na UCB, os estudantes preveem uma manifestação para a próxima quarta-feira, em frente à universidade, no Pistão Sul. O ato será dividido em dois momentos: às 11h e às 19h, horários de troca de turno das aulas. Eles também abriram uma petição on-line, que, até o momento, conta com 470 assinaturas. Para o aluno de publicidade e propaganda Thales Marques, 22, que organizou o manifesto na internet, são necessárias mais rondas, uma vez que o acesso ao espaço é livre para a comunidade. “À noite, a universidade fica vazia e, raramente, passa algum vigilante de moto. Nós não temos nenhum problema com a entrada da população na UCB. Só queremos que a universidade aumente a segurança”, afirma.
A estudante de gestão pública Ana Carolina Araújo, 21, também sofreu uma tentativa de assalto dentro da UCB. “Estava na companhia do meu namorado, e dois assaltantes de bicicleta vieram nos abordar. Havia várias pessoas no local na hora, que gritaram. Com isso, os assaltantes acabaram fugindo”, conta.
A UCB informou, em nota, que dispõe de sistema integrado de segurança, compreendendo câmeras e agentes patrimoniais. Sobre a entrada de não estudantes na instituição, a UCB declarou que, por ser uma universidade, tem o dever de ser um espaço aberto à comunidade. Até o fechamento desta edição, não se manifestou sobre o assalto de ontem.
Manchas criminais
A sensação de insegurança continua nos arredores de outras instituições de ensino superior do DF. Próximo ao Centro Universitário de Brasília (UniCeub), na 707/907 Norte, estudantes relatam o medo no trajeto da parada de ônibus até o câmpus. A aluna de direito Cleofanny Silva, 22, passou a ir de carro após presenciar um assalto na 507 Norte. “Estava aguardando o ônibus, quando um rapaz sacou uma arma na frente de todos. As pessoas saíram correndo, mas a vítima ficou encurralada. Ela teve os objetos levados e ainda tomou uma coronhada na cabeça”, lembrou.
Por meio da assessoria de Comunicação, o UniCeub informou que entra em contato com PM em casos de crimes nas imediações. “A instituição comunica as autoridades policiais todos os incidentes que acontecem no entorno do câmpus e também orienta os alunos que procurem a delegacia.”
Na 613/614 Sul, em frente ao Centro Universitário Iesb, a estudante de engenharia civil Brunnet Sousa, 22, toma cuidado ao sair da faculdade. “Procuro andar em grupo. Falta iluminação, principalmente no estacionamento da frente”, aponta. A assessoria do Iesb explicou que considera importante a segurança nos estacionamentos externos; por esse motivo, busca diálogo com as autoridades com encontros mensais.
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social informou que mapeia os pontos críticos por meio das ocorrências. “A partir dos registros, são elaboradas, mensalmente, as manchas criminais, nas quais são indicados os dias, os horários e os locais de maior incidência dos crimes. Sobre a UCB, o órgão declarou que a responsabilidade pela segurança dentro do câmpus é do próprio estabelecimento educacional.
Fonte: Correio Braziliense

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