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Alunos do DF protestam contra falhas e regras do Fies em frente ao STF

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Tribunal julga nesta quinta ação do PSB que tenta garantir contratos antigos.
Problemas de tecnologia e mudança na lei dificultaram acesso de alunos.

Estudantes de faculdades particulares do Distrito Federal protestaram nesta quarta-feira (20) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as dificuldades para assinar e renovar contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) neste ano. O tribunal deve retomar nesta quinta (21) o julgamento de uma ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que pede a manutenção das regras antigas do Fies para alunos já inscritos ou que fizeram o Enem antes das mudanças.

O protesto reunia cerca de 60 pessoas em frente ao STF, segundo estimativa dos organizadores,e era pacífico até as 15h. Com instrumentos de percussão, o grupo cantava palavras de ordem criticando a gestão do programa e pedindo recursos. “Sem meu Fies, não sou ninguém / o meu diploma já tá indo pro além / sem meu Fies, eu não sou nada / só me serviu pra ficar endividada”, cantavam os estudantes (veja vídeo acima).

Segundo o presidente do Diretório Central dos Estudantes do Uniceub, Victor Vilela, de 20 anos, os alunos chegaram a conversar na semana passada com o ministro do STF Luís Roberto Barroso, relator da ação, que emitiu decisão parcialmente favorável aos alunos. Os estudantes também pedem a reabertura dos prazos de inscrição e a garantia dos contratos para quem foi prejudicado pelos erros no sistema virtual.

“Temos várias pessoas sendo prejudicadas nas faculdades, gente que pagou a primeira mensalidade desse semestre esperando o Fies sair. A gente pede a garantia de aditamento (renovação) dos contratos, mais investimento e uma certeza para quem não conseguiu se inscrever”, diz Vilela.

Sem recursos
No início do mês o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a pasta já tinha esgotado a verba de 2015 para novos contratos do Fies. Nesta terça (19), a Agência Brasil divulgou que a presidente Dilma Rousseff afirmou à presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Vic Barros, que estudava a abertura de novos contratos no segundo semestre deste ano.

O presidente do centro acadêmico de medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB), Auro Vieira de Paiva, de 21 anos, diz que os estudantes não se sentem representados pela UNE. “Fizeram corpo mole e ficaram omissos. A gente quer que os estudantes tenham voz. As mensalidades de medicina são caras, os financiamentos tradicionais têm juros muito altos. Lá na Católica, são 1,2 mil alunos que não conseguem renovar”, afirma.

Paiva e Vilela afirmam que muitos estudantes das duas faculdades estão desistindo de se matricular ou trancando os cursos por causa da “insegurança” sobre os contratos de financiamento. Aluna do sétimo semestre de medicina na Católica, Laís Dutra de Freitas, de 22 anos, diz que garantiu as aulas deste semestre, mas teme pelo restante do curso.

“Fiz a solicitação para renovar o Fies em 23 de março, mas desde então estou tentando sem sucesso. O prazo para resolver no banco acabou em 18 de maio e não liberaram. Fui orientada a não pagar nada por conta própria, mas a faculdade diz que se não resolver estarei inadimplente no semestre que vem. A mensalidade é de R$ 4,9 mil, eu vim do interior da Bahia e moro sozinha. Não existe nenhuma chance de eu conseguir pagar sozinha”, diz Laís.

Fonte:g1

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