Detento do Comando Vermelho sofre ataque brutal em Penitenciária de São Paulo

Fagner Falcão de Oliveira Silva, com 36 anos, foi brutalmente assassinado durante um motim ocorrido na Penitenciária 1 de Potim, no interior de São Paulo, na sexta-feira, 26 de dezembro. Conforme informações da Polícia Penal, ele teve as tripas arrancadas e se identificava como membro do Comando Vermelho (CV), facção originária do Rio de Janeiro que rivaliza com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa originária de São Paulo.

Documentos da Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará indicam que, em 2020, Fagner era ligado à facção cearense Massa Carcerária, mas em 2023 declarou integrar o CV, que tem presença nacional e atua em pelo menos 23 cidades no estado paulista, conforme publicado pelo Metrópoles.

Fontes da Polícia Penal, que preferiram manter o anonimato, relataram que além do ataque violento que resultou na retirada das tripas de Fagner, os detentos usaram seu sangue para pichar a frase “novo cangaço” em uma das paredes da penitenciária. Essa expressão faz referência a uma prática criminosa que envolve o cerco a cidades do interior para realizar assaltos a bancos usando armas e táticas de guerra. Outros dois presos também ficaram feridos durante o motim.

Fagner Falcão de Oliveira Silva estava cumprindo pena por tráfico de drogas e roubo. Ele havia sido autorizado a cumprir a sua sentença em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, porém, foram registradas várias quebras das restrições impostas, como saídas não autorizadas da área delimitada.

Este ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu revogar a prisão domiciliar e determinou que Fagner cumprisse a pena em regime fechado. Ele foi inicialmente transferido para a Penitenciária Compacta de Guareí II, onde ficou sob a custódia direta da Secretaria de Administração Penitenciária.