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Casal diz ter sofrido agreções por policiais

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Em Sobradinho 2 um casal de moradores, no Distrito Federal, prestou queixa nesta sexta-feira (5) contra policiais militares e civis por supostas agressões cometidas na noite desta quinta em uma rua da região. A mulher está com hematomas no rosto e o homem teve de levar dez pontos na boca. A PM e a Polícia Civil informaram que vão investigar o caso.

De acordo com o relato do casal, as agressões começaram depois que eles se envolveram em uma discussão com pessoas que estavam em um carro. Policiais da Rotam que passavam pelo local desceram do carro agredindo o casal com socos e spray de pimenta.

A dona de casa Márcia Rosa da Costa, de 45 anos, ficou com o olho roxo e várias marcas no rosto. “Eles nem quiseram me ouvir. Já chegaram ‘tacando’ spray de pimenta no nosso olho”, disse o namorado de Márcia, o músico Marcelo dos Santos Pereira, de 22 anos. Ele teve o lábio cortado e ferimentos na cabeça e em outras partes do corpo.

A Rotam informou que os policiais da corporação têm normas rígidas de atuação e que só usam a força em caso de necessidade.

Na delegacia, o casal diz ter sido novamente agredido ao tentar registrar a queixa contra os policiais militares. “O cara levantou da cadeira e começou a agredir ela do nada. No que eu tentei intervir, me jogaram debaixo dessa viatura e começaram a me dar socos e chutes”, disse.

O caso é acompanhado pelo advogado Paulo Abreu, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. “Isso é inaceitável do ponto de vista da dignidade humana e do ponto de vista dos direitos humanos”, afirma.  Segundo o advogado, a OAB vai encaminhar o caso ao Ministério Público.

‎‎O delegado responsável pela 35ª Delegacia, Rogério Oliveira, disse que a única certeza é que houve uma briga envolvendo o casal próximo à delegacia e que um carro da Rotam se deslocou até o local. Oliveira afirmou que há ainda divergência nos depoimentos das vítimas sobre o local e o momento das agressões.

“Os depoimentos prestados pelas vítimas possuem um pouco de contradição, mas eles serão analisados pela corregedoria, que ficará responsável pela investigação do caso.”

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