Policiais civis do Distrito Federal iniciaram às 8h desta quarta-feira (1º) uma paralisação de 24 horas, em protesto por reajuste de salário. A manifestação afeta investigações e registro de ocorrências (exceto os que envolvem flagrantes e ocorrências graves).
“Durante o período, em todas as delegacias do DF, só serão registrados flagrantes e ocorrências graves como homicídio, latrocínio e estupro”, informou o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol). A entidade cobra do governo a equiparação dos salários com os da Polícia Federal.
Este é o segundo protesto do tipo em menos de uma semana. O último foi no dia 26 de outubro. Na ocasião, também foram paralisadas investigações e registro de ocorrências.
Desde 2016, os policiais civis pedem equiparação de reajuste com a Polícia Federal – que foi beneficiada com 37% de aumento, parcelados em três anos. Para reivindicar o reajuste, os policiais fazem operação padrão.
Com a medida, agentes registram apenas flagrantes e ocorrências criminais. Investigações, intimações, protocolo de documentos e diligências ocorrem de forma mais restrita. De acordo com o sindicato, o objetivo é denunciar o acúmulo e a sobrecarga de funções.
A corporação tem cerca de 4,5 mil servidores – número inferior ao preconizado por uma lei distrital de 1993, que determinava 5.940 para a então população, de 1,6 milhão. O salário inicial da categoria é de R$ 7,5 mil. Os policiais afirmam ter perdido 50% do salário para a inflação e cobram a normatização das licenças prêmio e capacitação.
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